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domingo, 28 de junho de 2015

Crítica | A Espiã que Sabia de Menos


A parceria entre o diretor Paul Feig e a atriz Melissa McCarthy vem dando muito certo. Juntos, a dupla foi responsável pelas principais comédias do mercado: ‘Missão Madrinha de Casamento’ e ‘As Bem-Armadas’. Com ‘A Espiã que Sabia de Menos’, Feig e McCarthy conseguem o mesmo êxito em uma divertida comédia tendo como pano de fundo o âmbito da espionagem.

Acompanhando toda a divulgação do longa, parecia que veríamos mais um besteirol americano. Mas, o longa usa de maneira eficaz os elementos de espionagem sem parecer uma mera paródia de James Bond. O resultado são cenas bem elaboradas que misturam e dosam bem a comédia e ação.

A trama acompanha a despretensiosa Susan Cooper (McCarthy), uma analista que trabalha para a CIA. Comprometida, ela sonha em um dia se tornar uma agente de campo como seu parceiro de missões vivido por Jude Law. Quando o agente é abatido e a identidade de outros agentes como o durão e rabugento Rick Ford (Jason Statham) são colocadas em risco, Susan se voluntaria para se infiltrar e evitar um desastre global liderado pela vilã Raina Boyanov (Rose Byrne), que adquiriu uma poderosa arma nuclear.

Confesso que nunca me identifiquei com o estilo cômico da atriz, mesmo tendo gostado de seus dois primeiros filmes (já citados acima). Mas, sua atuação me divertiu pela autenticidade e maneira que lida com as situações embaraçosas em que se mete. O mais interessante está no conceito das piadas. Nada de teor pejorativo ou humor negro, embora os palavrões sejam usados gratuitamente. Mas, o que acompanhamos são os próprios personagens tirando sarro de si mesmos.

Quem mais se aproveita disso é Statham. O britânico desempenha divertidas cenas quando seu personagem se vê colocado de lado com a presença de Susan. A química entre os dois rendem os momentos mais hilários do longa.

Menções honrosas para as divertidas participações de Allison Janney, Miranda Hart e Bobby Cannavale, que destacam a importância da sincronia do elenco para o êxito do filme.

Feig estabelece um ritmo alucinante no primeiro até meados do segundo ato do longa. 120 minutos para um filme de comédia acabou sendo demais para a produção, que oscila durante a metade para o desfecho.

Por fim, A Espiã que Sabia de Menos é garantia de uma boa diversão. Uma comédia inteligente que comprova a perspicácia de Paul Feig e Melissa McCarthy para filmes do gênero.

Nota: 3,0/5,0

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