Em meio a vários filmes de
festivais e premiados, Maze Runner: Prova
de Fogo, adaptação do segundo livro da série literária de James Dashner,
veio para quebrar a seriedade que vinha consumindo o mês de setembro. Para quem
esperava um filme mais pretensioso que seu anterior, Correr ou Morrer, se
enganou. Prova de Fogo aposta, de novo, na correria dos personagens e da trama,
mesmo com maior duração.
Na continuação, Prova de Fogo se
inicia exatamente de onde parou Correr ou Morrer, com Thomas e seus amigos
saindo da Clareira e sendo resgatados por uma entidade protetora, administrada
por Janson(Adan Gillen). A trama segue quando Thomas percebe que essa entidade
trabalha para CRUEL, uma organização de adultos que estão atrás dos imunes, e
foge com seus amigos para o deserto, um lugar cheio de perigos mortais e
criaturas abominantes – os cranks são um deles.
Nessa transição, que nos
apresenta os outros personagens do longa e sua importância em Prova de Fogo,
mora o maior defeito: o desenvolvimento dos personagens. Mesmo em quase duas
horas e vinte minutos de filme, os personagens não passam aquela sintonia
e o espectador não consegue se identificar. Embora o grupo seja formado por
meia dúzia de personagens, as atenções são voltadas apenas para Thomas.
Assim como Correr ou Morrer, o
diretor Wes Ball não poupou esforços – e orçamento – para deixar as cenas de
ação ainda mais bem feitas e grandiosas. Embora rápida, a cena da chuva de
trovão é um espetáculo visualmente. Os cranks, as criaturas da vez que mais parecem
zumbis, também são bem interessantes. Já na ação em si, Prova de Fogo se
destaca pela tensão, característica muito bem vinda no primeiro filme e
repetida em neste aqui. As provas que Thomas e seus amigos enfrentaram no
deserto são de arrepiar!
As novidades do longa ficam mesmo
por conta do elenco. O vilão da trama, Janson, interpretado por Aiden Gillen (o
Lorde Baelish de Game of Thrones), dá um show de atuação. Dylan O’Brien e Kaya
Scoledario repetem o ótimo trabalho feito em Correr ou Morrer.
Se tratando de uma adaptação,
Maze Runner 2 parece seguir o mesmo rumo dos livros por caminhos diferentes. O
problema é que diversas situações e rumo dos personagens foram mudados na
versão cinematográfica, assim como aconteceu no primeiro filme, enraivecendo os
fãs da série literária. Para os não-leitores, entretanto, Wes Ball criou sua
própria versão de Maze Runner. Talvez, mesmo sem seguir a rixa os livros de
James Dashner, os espectadores não devem ficar decepcionados.
Maze Runner; Prova de Fogo é um
típico filme meio de trilogia. Depois da introdução, vem a explicação da trama,
que foi intensificado em Maze 2. Agora com a Cura Mortal, que tem estreia
programada para 2017, Wes Ball pretende fechar o arco com chave de ouro.
Só não esperem que seja igual na série literária, além do mais, Wes Ball já
demonstrou que gosta de fazer as coisas do seu jeito.
Nota: 3,5/5,0
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