Em sua quarta adaptação ao
cinema, pelo menos posso dizer que esta é a melhor versão do Quarteto
Fantástico, conceituada HQ da Marvel criada por Stan Lee e Jack Kirby.
Infelizmente, isso não quer dizer muita coisa, porque os filmes dirigidos por Tim
Story são fraquíssimos e a versão nunca lançada produzida por Roger Corman
chega a ser uma comédia de tão ruim.
Sob a tutela de Simon Kinberg (da franquia X-Men), do roteirista novato Jeremy Slater e do bom diretor Josh Trank (Poder Sem Limites), era aguardado um filme mais coeso e que correspondesse à altura das histórias em quadrinhos. A versão 2015 acerta em apresentar Reed Richards (Miles Teller), Sue Storm (Kate Mara), Johnny Storm (Michael B. Jordan) e Ben Grimm (Jamie Bell) como jovens apaixonados por ciência, que por meio dessa sede de conhecimento, se envolvem em um projeto que os levam à uma dimensão paralela. A experiência acaba em desastre e os quatro juntamente com Victor Von Doom (Toby Kebbell) acabam ganhando superpoderes.
Contudo, a 20th Century Fox
parece realmente não saber o que fazer com estes personagens, deixando bem
claro que a produção foi realizada às pressas com o único intuito em não
devolver os direitos criativos para a Marvel Studios, que demonstra há bastante
tempo interesse em usar o Quarteto Fantástico em seu universo cinematográfico.
A introdução do filme é
bastante instigante e acaba sendo a melhor parte de todo o longa em saber
apresentar de maneira eficaz os personagens. Muito se deve em conta do
excelente elenco composto por Teller, Jordan, Mara e Bell. Contudo, a produção
consegue desperdiçar o talento desses atores no decorrer da narrativa quando os
mesmos adquirem os poderes. A partir daí, vemos personagens sem carisma e um
design do Coisa desinteressante por demais.
Para piorar, Dr. Destino, um
dos principais vilões dos quadrinhos Marvel, é transformado em um ser motivado
por uma crise adolescente existencial além de ganhar uma estética bastante
ruim.
O novo Quarteto Fantástico é
mais aquele filme que ficará esquecido após colocar o primeiro pé fora da sala
de cinema. Ou a Fox reconhece a incompetência e devolve os direitos para a
Marvel Studios (que merece uma oportunidade de apresentar a sua versão)
ou a continuação já marcada pelo estúdio será mais uma perda de tempo.
Nota: 2,0/5,0
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